sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Baleiro no sofá do Jô


Quarta-feira eu estava só esperando o Jornal da Globo terminar pra que eu pudesse ir dormir, eis que então no intervalo do jornal aparece a chada do Programa do Jô, que como sempre anuncia ois convidados de seu programa, um desses convidados era o Zeca Baleiro. Pensei, putz, nem vou dormir, vou ver o Zeca, até porque não me recordava de alguma vez ter visto o Zeca na TV.

O programa começa e Zeca é logo o primeiro convidado a sentar-se ao sofá, ainda bem, o sono já tomava conta do meu ser. Jô começa elogiando o talento do Zeca e fala de seu aniversário, a banca começa a tocar o parabéns e logo Zeca tira da manga uma outra versão de Feliz Aniversário, que eu particularmente achei mais bonita o que essa versão que todos conhecem.

O assunto parabéns rende alguns minutos, Zeca fala sobre seu aniversário de 13 anos de carreira e do lançamento de uma caixa com 2 cd's e um livro chamado “Bala na agulha”, o box trás o sugestivo nome de “Vocês vão ter que me engolir” numa menção ao Zagalo, até que Jô como sempre começa a pedir trechos das canções do Zeca, a primeira foi Armário, a canção conta a história de um cara que não consegue sair do armário, muito bem construída essa canção.

“Não posso, não posso, já falei que eu não posso, não é que eu não queira, mas é tão difícil pra mim. É claro que eu quero, quero mais que tudo, mas sinto tanto medo, um medo absurdo! Medo dos vizinhos, medo da mommy, medo do daddy, e do meu irmão, que já foi skinhead” Zeca Baleiro  - Armário.

Que foi seguida de uma piada sem graça contada pelo apresentador. Jô não satisfeito com a piada sem graça, pede o trecho de uma canção chamada “Descobre o Amor”, nunca ouvi falar, é claro a canção não existe, a gafe e seguida por sorrisos amarelos tanto do entrevistado quanto do entrevistador. Zeca canta a “Canção pra ninar o neguinho”, uma homenagem a Michael Jackson, a próxima canção é Telegrama, a minha preferida, foi por causa dela que fui buscar as outras canções do Zeca e acabei me apaixonando pelo seu trabalho.

Zeca conta o porquê, do nome artístico, era um cara que sempre andava com muitos doces nos bolsos, por isso recebeu o apelido de baleiro dos amigos da faculdade de agronomia, a conversa passa pela culinária maranhense, Zeca fala da sua timidez e conta a história de sua primeira apresentação num festival de música, que ele define como um desastre,a canção apresentada era “O hipocondríaco”, e logo esse assunto puxa um papo sobre a mania de tomar remédios, Zeca ainda tenta recordar a canção que perdeu-se com o tempo.

No último bloco da entrevista é a hora de apresentar “Madureira” ou “Vai de Madureira”, se não pode Nova Iorque , vai de madureira. Apresentador questiona Zeca: _Você está com uma mania nova? Zeca diz: _É? E ainda brinca: _Mania nova, deixa eu ver, comer meleca não como mais, depois fala da única mania que tem, e transmite aos filhos, nunca deixar o chinelo virado para baixo, no nordeste diz que a mãe morre se isso acontecer. A última canção interpretada foi Bangalô, Zeca tenta envolver a platéia, mas essa é tão morna que quase não corresponde ao carisma e talento do artista, assim Zeca de despede.

Apesar do apresentador sem graça, com piadas e comentários manjados, que quase não estudou sobre o artista que sentaria no seu sofá, apesar da platéia que não correspondeu ao talento de Zeca Baleiro, valeu muito a pena ter dormido tarde.

Um comentário:

  1. pelo BALEIRO vale qualquer coisa...até msmo engolir o jo soares...

    logicamente o sono foi bem mais gostoso
    I love youuuuu ZECA!!

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