domingo, 29 de novembro de 2015

AKA Feminista




Vamos falar sobre Jessica Jones?
Vamos!

Faz duas horas que acabei uma maratona de 13 episódios e alguns dias. Sim, dias, porque eu já não tenho mais tempo disponível pra sentar no sofá e ver uma série num dia só, mas isso não vem ao caso. O importante é que acabei. E que série foda, amigos. Que série foda.

Quem me conhece sabe o quanto eu amo filmes de super-heróis,  principalmente o universo Marvel,  preferencialmente o Homem de Ferro. E por ser uma Marvel Fan Girl assistir JJ era quase uma obrigação, por mais que eu não fizesse ideia de quem ela fosse.
Não ler quadrinhos, não conhecer o herói,  não ter expectativas e não me frustrar, a máxima continua dando certo.

Mas o que me fez ter vontade de voltar a escrever aqui depois de tanto tempo foi um comentário sobre a série no facebook. Um comentário de uma cara dizendo que a série era feminista,  não contente com a postura machista em afirmar que só tinha visto o primeiro episodio, mas achou a série feminista depois ele comentou que continuava assistindo, mas a série era "feminista pra caralho". Foi exatamente esse o termo usado. Ao ler esse comentário eu só pensei "Ainda bem, né,  moço?".

Eu sei porque a série incomodou tanto o cara a ponto dele a rotular como "Feminista pra caralho". O protagonismo feminino incomoda. Os caras estão acostumados a verem as heroínas serem sombra de super-heróis consagrados. Na Marvel mesmo temos o exemplo da Viúva Negra, que é foda,  mas, nunca deram espaço pra que ela fosse mais foda que o Homem de Ferro e os outros caras. Talvez ele tenha achado Jessica Jones feminista demais porque ela não usa uma roupa brilhante justa ao corpo.  Porque todas as personagens femininas são fortes e independentes. Ou porquê nos 13 episódios da série Jessica tenta livrar-se de um cara machista e misógino com o qual viveu um relacionamento abusivo. Não vou dar spoiler sobre a série,  apenas assistam.

Alguns caras não suportam o protagonismo feminino, seja na vida real ou na ficção, não suportam saber que existem mulheres que não precisam estar na sombra de um cara. Ou nem precisam de um cara. Achou Jessica Jones feminista? Te indico Marvel Agent Carter aí você verá o que é uma mulher badass.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Garota Exemplar


É impossível não admirar Amy Elliot, sério, é impossível.
Mesmo que nas primeiras páginas ela seja quase surreal. Mas o que esperar de uma mulher apaixonada? Mulheres apaixonadas agem surrealmente e, mesmo já tendo mais de 30 anos, ao descrever em seu diário os primeiros encontros com Nick Dune, Amy Elliot age como uma adolescente. 
No começo da vida matrimonial Amy é uma mulher apaixonada que se casou com o homem perfeito, e que juntos têm o casamento perfeito. Aquele relacionamento que as amigas morrem de inveja, mas nunca assumem. Amy é a esposa perfeita, que não cobra nada, não faz do marido uma macaco amestrado, termo usado no livro, e, que com certeza desperta a inveja dos amigos de Nick, afinal, todo homem quer uma mulher que não cobra nada nunca. 
Só que um dia, por sinal, dia do aniversário de cinco anos de casamento, Amy, a mulher perfeita desaparece, e tudo o que sabemos sobre ela é o que Nick diz, e o que está nas páginas de seu diário, justamente por isso a primeira parte do livro não é tão interessante, Nick é um cara enfadonho e a Amy que conhecemos até então está longe da realidade, mas todos, polícia, mídia, vizinhos, querem saber onde Amy está. Ou que que Nick foi capaz de fazer com ela?
Com o avançar do livro somos apresentados, definitivamente, a Amy Elliot Dune e tudo fica muito mais interessante. Não dá pra falar muito sobre o que acontece depois que conhecemos a verdadeira Amy, pra descobrir é precisos ler o livro, ou assistir ao filme, que por sinal ainda não vi, certo que que Garota Exemplas desmistifica aquela coisa da crise dos sete anos de casamento, ela pode vir antes, dois anos antes. 
Certo é que, no decorrer da minha leitura, o desenrolar da história faz lembrar da trama da novela "A Favorita" de João Emanuel Carneiro, onde até certo ponto da trama nada era o que parecia ser.

Update


Vantagens da adaptação cinematográfica:
1- David Fincher: quando se fala de David Fincher a maioria das pessoas pensam em Clube da Luta. Eu penso em Seven que, talvez, pra sempre será o filme com o final mais impactante e angustiante que eu já vi. E pela qualidade e complexidade da trama de Garota Exemplar a adaptação merecia esse diretor incrível.
2- Ben Affleck: apenas por ser o Ben Affleck e que fez Nick Dune parece ter sido escrito pra ele.
3-  Mais direto: por se tratar de um filme de pouco mais de 2h e 20min, a gente se livra daquelas cento e poucos primeiras páginas enfadonhas e tão necessárias pra idealizarmos os personagens e nos confundir.
4- Rosamund Pike: uma atriz completamente desconhecida por mim e que, ao fim do filme, conseguiu me deixar apaixonada. Rosamund é linda, é encantadora, é talentosa, conseguiu dar o tom certo para a personagem mais intrigante que tive o prazer de "conhecer" nos últimos tempos. Me deixou ainda mais admirada por Amy, que personagem maravilhosa.

Garota Exemplar: leiam e assistam!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Divergente



"Por um momento encaro os meus olhos no espelho.  
Hoje é o dia do teste de aptidão que me mostrará a qual das cinco facções eu pertenço. 
E amanhã,  na Cerimônia de Escolha, escolherei uma; escolherei o caminho que vou trilhar para o resto da minha vida; escolherei se devo ficar com minha família ou abandoná-la.




Ultimamente, no mundo dos Bestseller, as coisas acontecem assim: alguém lança um livro, na maioria das vezes uma saga, quase sempre uma trilogia, e todos os volumes fazem muito sucesso, todo mundo lê, comenta, compartilha informações, se apaixona pelos personagens, escrevem fanfictions e pronto, uma grande empresa cinematográfica se interessa e a gente sabe que, no final, um filme que levará milhares de fãs pras salas de cinema é rodado. Divergente fez isso.

A Saga Divergente, pelo que eu pude perceber, possui uma legião de fãs ávidos, o filme foi super esperado e, como todo filme baseado em livros, foi também criticado pela falta de cenas que estão nas páginas e poderiam ou deveriam ser retratadas na telona. Eu, que sequer desconfiava da existência dos livros, fiquei curiosa pra ver o filme por causa de um único ator, Tony Goldwyn, mais conhecido como Fitz Grant, o presidente da série Scandal e do meu coração. Porém, o apelo era ainda maior, a protagonista da saga ganha vida através da atuação de Shailene Woodley, que se fizer mais uma adaptação literária pode pedir música no fantástico, a nova queridinha de Hollywood.

Assisti ao filme há alguns dias, e gostei muito. Foi por gostar muito que decidi procurar os livros. Devorei o primeiro livro em menos de uma semana e já engatei o segundo volume, Insurgente. Como a maioria dos leitores, senti falta de algumas cenas cortadas e/ou mais fieis ao livro, mas no todo, Divergente o filme, é uma ótima adaptação literária.

Resumindo: primeiro eu assisti, depois li e re-assisti. As pessoas precisam parar de mimimi e se darem conta de que é impossível transpor 300 páginas, com detalhes, em 2h de um longa metragem. Li e assisti com olhares diferentes, continuo amando a obra literária e cinematográfica. Quando Insurgente for lançado, pode ter certeza que estarei sentadinha na cadeira do cinema pra assistir, seja por causa do livro, ou pra ver Theo James, o Quatro, novamente.




 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Teve copa sim!



O que dizer sobre essa copa que eu mal vivi e considero pacas?
Contrariando todo o pessimismo do #Imaginanacopa? que ressaltava tudo de ruim que poderia acontecer desde manifestações legítimas à vandalismo gratuito e caos aéreo, até o #NãoVaiTerCopa, que surgiu quase que pelos mesmo motivos. #TeveCopaSim, #TeveMuitaCopa, e foi do caralho, pra ser bem direta.

Eu não lembrava que gostava tanto de futebol, pra ser sincera, eu nem lembrava da última copa, mas dessa, ah... dessa eu não vou esquecer. Porque foi foda.Vai ser impossível esquecer os 7 gols que a Alemanha fez na seleção brasileira, da mesma forma que foi impossível ficar bravo com eles por isso, por motivos de a seleção alemã é só amor pelo Brasil. Sério! Não sei se foi uma puta jogada de marketing ou pura simpatia, mas os alemães conquistaram todos os brasileiros. Inclusive se algum jogador da seleção alemã quiser ficar no Brasil, casar e  ter filhos, estamos aí. Hahahaha.

Brincadeiras a parte.

Confesso que foi bom. Esses últimos dias foram ótimos. Gritar, torcer, ficar rouca. A copa aconteceu mesmo com uma galera torcendo contra. Até eu cheguei a fazer parte do coro dos pessimistas, afinal, o Brasil precisa de educação, saúde, infra-estrutura, políticos menos corruptos, não precisava de copa. Mas a copa aconteceu. A copa que não precisávamos sediar foi a copa das copas, os favoritos foram ficando pelo caminho enquanto seleções nas quais ninguém apostaria uma bala juquinha avançavam. Copa da zueira. Alemanha e Argentina na final, e a zueira seria ainda maior se a Argentina fosse campeã dentro do Maracanã. Não aconteceu. Ufa! Venceu quem merecia, a seleção alemã mais brasileira de todos os tempos. Abraço, Podolski noveleiro. Os gringos amaram o Brasil e, pra mim, isso é melhor que ganhar a copa. Falando nisso, falta muito pra próxima? 

Só sei que cada vez que eu der play nesse vídeo vou sentir saudade, vídeo lindo, por sinal ♥




domingo, 1 de dezembro de 2013

Acordei e era dezembro




Mais uma vez, dezembro.
E as promessas não cumpridas?
Os quilos não perdidos?
O emprego novo que não veio?

Tenho uma parcela de culpa em tudo isso. 
Uma grande parcela. Não me abstenho da culpa.
Aos vinte e poucos a gente acha que tem todo o tempo do mundo.
Não deu? Não esquenta, ainda dá tempo.

Daqui uma hora. Amanhã. Semana que vem. Mês que vem.
O tempo é hoje. Agora.
A gente passa o dia querendo que ele acabe.
Passa a semana toda querendo que ela chegue logo ao final.
Passa o final de semana querendo que ele passe devagar.

Vê o quanto tudo isso é contraditório?
Querer que uma semana, às vezes, um mês passe devagar.
E não acreditar que doze meses passaram voando.
De repente, não mais que de repente estamos em dezembro.

E mais uma vez eu vivi um ano errante, mas buscando acertar.
Apostando nas escolhas que fiz, mesmo que me arrependesse delas 30 minutos depois.
Daqui trinta dias o calendário vira. O ano muda.
E não duvide. Num piscar de olhos pode ser dezembro novamente.
Pisque.