quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A plataforma dessa estação

Eita, que eu entrei 2011 cheia de certeza e estou terminando cheia de dúvidas.
Não sei se foi um ano complicado, ou se eu não me entendi muito, no meio do ano arrumei um emprego novo, e achei que estava quase tudo resolvido. Sabe quando você tá montando uma coisa, e só espera ouvir um "crec" pra ter certeza de tudo foi montado corretamente?
Então, não ouvi o "crec" a coisa que eu tava montando se desfez na minha mão, profissionalmente 2011 não foi bom pra mim =(

Mas vamos falar de coisa boa, vamos falar de Iogurteira Top Therm, hahahaha. Não vamos falar de música, se não foi bom profissionalmente tinha que haver uma compensação, né?
Fui a shows para "caláreo" esse ano, hein? A maior parte 0800, que beleza, perdi a conta de quantos.
Meus ídolos ainda são os mesmos, e eu consegui ver a maior parte deles no palco esse ano.

Decidi que para 2012 não farei muito planos, começar assim cheia de expectativa nunca é muito bom, vou esperar pelas surpresas que ele me trará.
Dizem que o mundo acaba no ano que vem, acho que o mundo tá acabando desde quando começou, sabe como diz aquela canção: "A gente mal nasce, começa a morrer". É assim com o mundo também.

Comer lentilha, pular onda, fazer promessa, guardar caroço de uva e romã, sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão, sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão. Só vou fazer o possível pra entrar o Novo Ano com o pé direito, dizem que dá sorte =)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Uma caixa de lenços, por favor?


Muito se falou sobre o tributo em homenagem aos 30 anos da morte de Elis, especulações e mais especulações sobre um show que sua herdeira faria e sua homenagem.
Não deve ser fácil ser cantora, e meio que herdar um público órfão de outra grande cantora, mas Maria Rita soube bem separar e lidar com essa responsabilidade.
Hoje com 10 anos de carreira a contar desde quando se apresentou pela primeira vez em barezinhos e casas pequenas de São Paulo, anuncia que fará uma mini turnê de 5 shows em homenagem a sua mãe.
Choraremos horrores com esses show, nós fãs e a cantora. Eu esperei ansiosamente a confirmação desse projeto, agora espero com maior ansiedade o início desses shows, previstos para março de 2012.
Elis foi grande, é grande, sua arte é imortal, e ao meu ver, a sua maneira, tendo o seu púbico conquistado, Maria Rita seguiu seus próprios passos e cresceu.
Hoje, mais do que filha da cantora, Maria é cantora também.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sobre homens e macacos



Ontem fui ao zoológico de SP com uma parte da família, e constatei que a maior parte dos animais são tristes, pelo fato de estarem presos e até por estarem sozinhos.
Apenas os macacos eram felizes, ou fingiam felicidade, daí pude ter certeza que sim, nos humanos descendemos do macaco. 
Afinal quantas vezes estamos tristes e perto de outras pessoas fingimos estra bem? Não é mesmo?!
Mas acho que o principal foto dos macacos serem os animais mais felizes do zoo, é estar entre outros tantos iguais a eles, o que não acontece com os outros animais, sem pre há 1 ou 2 animais num mesmo ambiente, mas os macacos mesmo presos estão em bando, talvez em família.
E assim como o homem, um ou outro macaco fica de canto em suas atividades solitárias, porque aprender a ser só também é necessário, até que alguém venha perturbá-lo, cutucá-lo e mostrar como é bom estar com outros da mesma espécie.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A lagarta



A lagarta encasulou-se e ali permaneceu ninguém sabe o que passou
Um dia, impaciente, em meio à metamorfose, resolveu tomar um ar em um galho que balançava. Amigas rasgavam seda ao vê-la uma exclamou: _Anda sumida!
E outra vendo as asas em formação: _Que topete é esse? 
_Nossa, arrasou na fantasia! Onde é o baile? Escarneceu a terceira. 
A lagarta, cansada daquela conversa, voltou para o casulo e nunca mais foi vista. 
Passou a voar.


Antonio Villeroy

terça-feira, 6 de setembro de 2011


"Perca seu tempo, perca seu rumo, perca as esperanças, perca o juízo e as chaves do coração, mas não desista, quebre as barreiras do som, pise na lua, persiga o impossível, o inatingível, pois nenhum homem vai entender por completo a alma feminina, que só se revela e se expõe , de forma simples e natural, no espelho de uma mulher"

Dudu Falcão

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

tsc tsc

Toda a expectativa veio acompanhada de uma enorme dor nas costas, o dia já começava tenso, enfrentando alguns minutos no metrô lotado, minutos esses, que pareciam uma eternidade.
Chegar já cansada, estressada e fazendo força pra agradar pessoas que pareciam não esconder que não faziam questão de que eu estivesse ali.
Enfim, teve um começo, não vi o meio, e o fim veio antes do que eu poderia imaginar.
Sabe do que mais, foda-se, se não foi, é porque não era pra ser.
Levanta, sacode a poeria, bate o cabelo, e dá a volta por cima.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Começo


Começar é sempre estranho, né?
O começo traz a dúvida,  o desconhecido.
O começo é cheio de expetativas, 
suas expectativas em relação ao outros...
...e as expectativas dos outros em relação a você.
A gente devia poder começar pelo meio, 
o meio parece mais fácil, mas adaptável.
Só não quero começar pelo fim, 
pois dependendo de como foi o meio,
o fim pode não ser tão legal.
Eu tô pra ter um novo começo, 
e cheia de incertezas sobre o meu meio
e torcendo pra que o fim demore a chegar.
Começar é, cruzar os dedos, das o seu melhor e seguir.
Então primeiro a gente COMEÇA,
pra depois esperar pelo que vem depois.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Amem

Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário
Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra e na verdade... ]
[ nada muda
A criança que me pediu dez centavos é um homem de idade ]
[ no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vendeu-os por açúcar
Prendas de quermesse
A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso e quando o faço nem noto
O farol fecha...
Outras flores e carros surgem em meu retrovisor
Retrovisor é passado
É de vez em quando... do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde... próximo... seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu
O que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas
Deixa explícito que se vou pra frente
Coisas ficam para trás
A gente só nunca sabe... que coisas são essas



Fernando Anitelli

sábado, 2 de julho de 2011

=|



Fiquei histérica, desculpe. 
Sou por acaso por avesso? 
Não, que Deus me acuda. 
Quero ser pelo lado direito, está bem? 
Mas está tão difícil.

Clarice Lispector



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Inquieta, tonta e encantada


Sabe aquelas histórias de amigos que ficam dias, meses, aos sem se ver e se falar, e quando se encontram parecem que se viram ontem? Então, acho que isso acontece na relação fã-ídolo também, direi porque.
Eu sou fã da Maria Rita, desde quando o primeiro dvd dela fui exibido na tv, isso lá em 2003, me lembro que nem assisti na ocasião, mas deixei o vídeo cassete gravando (vídeo cassete é uma coisa muito velha, já era velho na ocasião, mas o daqui de casa ainda fincionava) pra poder assistir no dia seguinte. Queria ver que cara tinha 'A Filha da Elis Regina'. Assisti, gostei, comprei o dvd o cd, enfim, viciei.
O cd seguinte, lançado em 2005, tinha o sugestivo nome de SEGUNDO, era bem melhor que o primeiro, produção da Cantora e do meu lindo Lenine, por isso, é o meu preferido até hoje.
Na época do Segundo a Cantora apresentava-se descalça, com longos e lindos vestidos, era mei bicho-grilo, rip chic. Nessa turnê ela até veio fazer um show aqui pertinho de casa, mas não pude ir, até porque em 2006 eu nem era viciada em shows como sou hoje.
Esperei até 2009 pra ir a um show da Maria Rita, e putz, que show, já estávamos na 'Era Samba Meu'. Tínhamos no palco uma cantora com um corpitcho bacana, como diz a canção, e belos vestidos curtíssimos bodados com paetês.
Daí que há quase 2 anos ela não lança nada, mas continua na estrada com shows; um show sem nome, sem cenário, um show onde ela canta o que quer, e olha, só tenho uma experiência anterior pra comparar, mas com certeza essa temporada traz o melhor espetáculo que a Maria Rita já apresentou. Uma junção de músicas dos três primeiros cd's, mais algumas canções de amigos da Cantora que ficaram de fora de sua discografia.
 Pensar que por algumas vezes quase desisti de comprar o ingresso pra ver esse espetáculo, me arrependeria pra sempre se tivesse feito isso. No começo fiquei tensa com a 1h de atraso para o início do show, detesto esperar, detesto mesmo. Mas quando a cortina se abriu e ela apareceu soltando aquele vozeirão, fez toda a espera valer a pena.
Ela toda inquieta, de um lado para o outro do palco, movimentando os barços insessantemente, fazendo caretas impagáves, que só ela sabe, e cantando, cantando muito. Eu sentada a olhando bestificada, tonta e encantada, foi assim, a minha noite do dia 28/05/2011. Em desalinho ficou meu coração, meu peito agora é só paixão.
Não importa em quantos shows eu já estive, não importa os shows que eu ainda verei, não importa. O que faz toda diferença, o que me faz querer voltar é a sensação que eu sinto toda vez que ela, a Cantora estiver no palco.

domingo, 22 de maio de 2011

Constatação

Quando eu não tenho nada o que fazer num sábado tedioso, não me aparece convite pra nada, e quando surge um convite surgem outros vários.
Um amigo me convidou para a sua festa de aniversário numa balada. Putz, BALADA. Quem me conhece sabe o quanto eu sou da balada. Enfim, aceitei e comecei a me preparar psicológicamene, haha. Vi carona e tudo.
Daí que dias depois do convite da balada recebo convite para o chá de cozinha da minha prima que mora no interior de SP, que está partindo para a fantástica aventura de morar só, quer dizer, só com a filha e o esposo dela. Minha mãe sem carro, e a preguiça de viajar de ônibus me fizeram preferir ficar por aqui mesmo.
Daí que semana passada surge o convite para o aniversário, do filho de uma amiga, vi o guri nascer e fui aos 3 primeiros aniversários, e embora tivesse ficado muito tentada a curtir festa de criança, com direito a todas as gordices que as comidinhas de festa de criança proporcionam, o convite pro niver tinha surgido antes, então, fui pra balada.
Como diz a Mercedes de Divã: Tô na Vibe, Tô na Viiiiiiiiibe.

As primeiras duas horas foram suportáveis, até que putz, putz, ficou insuportável. Mas quando a gente sai de galera, tem que ficar com a galera, até porque, tinha a carona e tals.

O bom é que tinha uma minazinha que cantava MPB, num outro ambiente, daí a gente dava um descanso pros'ouvido né? Hehe.
No final das contas a balada foi legal, as risadas foram boas, mas né? Balada é sempre balada, e a minha cabeça e os meus pés, tão doendo muito hoje.

Tá, confesso, tenho 50 anos, prefiro um programinha light, um show, um barzinho cos'amigo, chá de cozinha cas'prima e aniversário de filho de amiga.

sábado, 14 de maio de 2011

Pois é! Eu quero!!

FELICIDADE: ao máximo! 
SERENIDADE: em cada amanhecer!
ÊXITO: em cada fase da tua vida!
BONS AMIGOS: para todas as horas!
AMOR: que nunca termine!
BOAS LEMBRANÇAS: de tudo o que foi vivido!
UM BONITO HOJE: com muito para agradecer!
UM CAMINHO: que te guie até um grandioso futuro!
SONHOS: se convertendo em realidade!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Lendo

endoHá algum tempo eu venho acompanhando o blog de uma gaúcha bem bacana, conheci por acaso, pasmem, assistindo BBB.
Se não me engano, foi na final do programa que o Pedro Bial, pra descrever a ganhadora da edição desse ano, Maria, usou o texto de Clarissa Corrêa, fui procurar saber quem era a tal blogueira que havia inspirado o Bial naquela noite. Comecei a seguir a Clarissa no twitter, pronto, viciei na guria.
Clarissa me parece meio compulsiva pela escrita, só hoje foram 3 novos posts, e eu sempre me identifico.
 Segue a  última postagem da Clarissa;


Tentando entender as coisas
Todo dia eu penso: podia sentir menos e menos e menos. Mas não adianta, tudo me atinge, abala, afeta, arrebata, maltrata, alegra, violenta de uma forma absurda e intensa. Nasci pra ser intensa e dramática.


Frequentemente, tenho a sensação de que a vida das outras pessoas é tão simples e que só a minha que é complicada. Tenho andado meio infeliz ultimamente. Sei que até parece pecado dizer isso perto de tanta gente quase morrendo e passando necessidade. Sei que tem muita gente que não tem onde morar, o que comer, o que vestir. Sei que muitos não têm emprego, família, amor. Sei que muita gente tem doença terminal ou algum transtorno grave. Sei de tudo isso, mas desculpa, preciso falar a verdade: ando meio infeliz. Às vezes tenho a impressão de que sempre tenho que estar bem disposta, ser legal, amiga, gente boa. Não tenho o direito de ter problemas, estar de cabeça quente ou cheia ou simplesmente de estar assim, meio infeliz da vida. Com licença, estou infeliz. Estou mesmo. Não sei dizer o motivo, são algumas frustrações, algumas coisas muito minhas, algumas mágoas que não consigo colocar para fora, porque eu sou assim, escrevo, escrevo e escrevo, mas na hora de abrir a boca pra falar nem sempre sai. Tem coisa que guardo, tranco lá dentro e jogo a chave fora. Preciso me sacudir e fazer a coisa toda sair, mas nem sempre dá, então fico nessa vibe meio infeliz de tudo, infeliz com tudo, infeliz pra sempre. Até o dia que deixar de ser. Até o dia que conseguir falar, me expressar, fazer sair. Preciso de um laxante para as emoções.
Nunca sei direito se a vida me fez assim, as situações fizeram com que eu me tornasse assim, não sei, não sei. A última e única coisa que lembro é de sentir. Eu sinto o sentir. Sei que parece papo de louco, mas é verdade, é real, sinto demais. A realidade me consome. Mas me consome e-xa-ge-ra-da-men-te.
Um dia, perguntei para o psiquiatra: sou bipolar? Ele me disse: de bipolar você não tem nada. Você é sincera e tem sentimentos intensos. E me explicou a origem da palavra sincera, que vem do latim e significa "sem cera". Antigamente, carpinteiros e escultores usavam cera para disfarçar os defeitinhos de esculturas e móveis de madeira. Então, eles lixavam, passavam verniz e tudo ficava aparentemente perfeito e em ordem. O aspecto das peças era magnífico. Com o passar do tempo, do frio, calor e uso, a cera ia se desmanchando e os defeitos iam ganhando vida. Sinceridade é "sem cera", ou seja, sem máscaras, sem retoques, sem querer ser o que não é. Achei bonita a explicação dele. E triste. Dói ser "sem cera".
A vida maltrata quem sente demais. Quem sente demais acaba sofrendo mais que a maioria das pessoas. Tudo importa, tudo é exagerado, tudo é sentido de corpo e alma. Alma, principalmente. Pessoas "sem cera" têm a alma do tamanho de um bonde. Não acho que eu seja a pessoa mais sincera do planeta. Eu minto de vez em quando. Tenho inveja. Tenho defeitões. Mas eu sempre agi de acordo com meu coração, meu instinto, meu amor pelas coisas. A gente precisa ter amor pelas coisas. E raiva também, pois nem só de amor e sinceridade se vive.
A raiva serve para a gente colocar pra fora o que está desajeitado no peito. Porque de vez em quando tudo vira zona, bagunça. Precisamos arrumar, colocar ordem no nosso galinheiro. Não é fácil nem rápido, mas é necessário.

Por ser assim, sinto dores que não são minhas, tomo dores que são dos outros. Mas esse é meu jeito. Desde pequena, quando tava na primeira série e defendia o meu irmão, que era mais velho. Sempre fui desse jeito. E não acredito que vá mudar. Mas quer saber um segredo? Nem quero. Antes ser assim do que passar pela vida só vivendo um dia depois do outro. Se é pra viver, que seja de forma intensa."


Se você que às vezes vem aqui me ler gostou do texto da Clarissa, dá uma passada lá no blog dela também http://www.clarissacorrea.blogspot.com/ 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ismália



Quando Ismália enlouqueceu,

Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.


No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Alphonsus de Guimaraens 

sexta-feira, 15 de abril de 2011



"Quando eu penso, estrago tudo. É por isso que evito pensar: só vou mesmo é indo"
Clarice Lispector

quinta-feira, 31 de março de 2011

Canções pra guardar em caixinhas

Existem canções que você ouve uma vez, gosta, e não ouve nunca mais. E há canções que você, ouve, ouve, ouve, até que chega o dia que o seu próprio mp3 player não aguenta mais tocar aquela canção.
Existem cantores que um dia você ouve, gosta compra cd, vai a shows, mas você se rende a ele porque as suas músicas tocam a todo momento nas rádios.
Mas há cantores que você ouve nas rádios na voz de outros cantores, há cantores que já tiveram suas obras nas trilhas sonoras das novelas globais e você nunca prestou atenção, são esses cantores que fazem as canções pra serem guardadas nas caixinhas, esses canções você mostra pra quem realmente vale a pena.
Faz alguns meses me deparei com um desses cantores, o nome dele, Paulinho Moska.
Moska, compõe e faz parceria com muita gente, já teve suas canções em algumas novelas e alguns hits também, mas não é daqueles que quando você fala o nome todos conhecem.
Ele é desse que prendem a sua atenção  num show de voz e violão, é desses que não têm fãs histéricas, é desse de fazer canções pra serem guardadas em caixinhas.


sábado, 19 de março de 2011

(In)Condicional

18 de março é dia do fã, nem sabia que esse dia existia, na verdade achava que era todo dia
Todo dia tem um maluco que acorda e a primeira coisa que faz é navegar na net, pra procurar notícia sobre determinado artista.
Todo dia tem um maluco que deixa de almoçar, pra sobrar dinheiro pra comprar o ingresso do show do seu cantor ou cantora favorito.
Todo dia tem alguém mais exaltado, disposto a brigar com alguém, porque esse alguém falou mal do seu ídolo.
Todos os dias.
Sabe, um dia eu fui assim. De juntar dinheiro, que ficar na net, de discutir por causa de gosto musical.
Não sou mais, ACORDEI. Hoje até tenho uma certa preguiça de gente que age assim, mas acredito que seja uma fase, um dia passa.
E eu nem precisei ler o texto a seguir pra acordar;




Amor de fã
Você passaria a madrugada em frente ao prédio do seu namorado, esperando ele abanar da janela? Você escreveria para seu marido um bilhete com dois quilômetros de comprimento, escrito de ponta a ponta "te amo, te amo, te amo"? Você arrancaria um pedaço da camiseta dele com os dentes, choraria convulsivamente ao vê-lo sorrir, passaria fome e frio em troca de um rabisco feito por ele? Se ele fosse o Ricky Martin, que dúvida.

Mulher nenhuma faz pelo Zé que tem em casa o que faz pelo Fabio Assunção, pelo Rodrigo Santoro ou pelo Mauricio Mattar. Amor de fã é passional, ardente, insaciável. Elas fazem qualquer coisa por um homem que nunca viram antes, que não sabem se é bom ou mau caráter, se têm calos nos pés ou se limpa o nariz na manga da camisa.
Apaixonam-se por uma figura idealizada, por um príncipe de faz-de-conta, e assim
compensam suas carências.

Quando vi milhares de pessoas, mulheres a maioria, fazendo vigília em frente ao hospital onde esteve internado o falecido cantor Leandro, pensei: será que elas fariam a mesma coisa por um pai, por um irmão, por um marido? Passariam em claro tantas noites, ajoelhariam-se na calçada, desesperariam-se dessa maneira? Desconfio. O sentimento que temos por nossos familiares é muito mais complexo: são relações de amor e ódio. A convivência humana é implacável. Por mais que amemos quem está próximo de nós, acreditamos que ouvir suas críticas e reclamações, vivenciar sua ironia e descaso, agüentar seus hábitos e manias, tudo isso vale como cota de sacrifício. Em caso de doença, não carece cair de joelhos na calçada, basta rezar uma Ave-Maria em casa.

Com nosso ídolo é diferente. Ele é lindo, rico, afetuoso, só tem qualidades. Facilmente o confundimos com os papéis que representa, com a música que canta. Ele nunca chegou atrasado a um compromisso com você, nunca chutou o seu cão, nunca roncou, nunca a decepcionou, simplesmente porque nunca se relacionou com você: é um amor unilateral e fantasioso. Você projeta no seu ídolo as qualidades que não vê em quem está a seu lado, e entra em surto quando tem a chance de receber dele algo real, nem que seja um autógrafo ou um fio de cabelo. Pecado não é, mas quem dorme sob nosso teto todos os dias merece, no mínimo, a mesma devoção.

Martha Medeiros

quinta-feira, 10 de março de 2011

A dor que dói mais

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer. 

Martha Medeiros

domingo, 20 de fevereiro de 2011





















"Amanhã fico triste.
Amanhã.
Hoje não.
Hoje fico alegre.
E todos os dias,
por mais amargos que sejam,
Eu digo:
Amanhã fico triste,
Hoje não.

Para Hoje e todos os outros dias!!"



Encontrado na parede de um dormitório de crianças do campo de extermínio nazista de Auschwtz.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O que se perde enquanto os olhos piscam

(Fernando Anitelli e Twitteiros)



Pronde vai?

Toda tampa de caneta?

todo recibo de estacionamento?
todo documento original?
Isqueiro, caderneta,
a camiseta com aquele sinal...
Pronde vai... toda palheta?
Pronde foi... todo nosso carnaval?
Pronde vai?
Todo abridor de lata?
Toda carteira de habilitação?
Recado não dado, centavo, cadeado?
Todo guarda-chuva!
Pra fuga pro temporal!
Pronde vai... o achado, o perdido?
eu não sei, veja bem...
não me leve a mal...
Pronde vai?
todo outro pé de meia,
carteira, brinco e aparelho dental?
pronde vai... toda diadema?
recibo, receita e o nosso enredo inicial?
Pronde vai?
toalha de acampamento,
presilha, grampo, batom de cacau
elástico de cabelo
lápis, óculos, clips, lente de contato?
a nossa má memória!
a denúncia no jornal?
pronde vai... aliança, chaveiro, chave, chinelo?
e o controle pra trocar canal
Pronde vai?
O solo que não foi escrito?
Labareda nesse labirinto,
o instinto, o reflexo, sem seguro
O coro do Socorro! O lançamento oficial!
Pronde vai... a culpa da cópia?
Pronde foi... a versão original!?
Pronde vai?
a bala que se disparô?
o indício da gripe que disseminou
a culpa no porco no bicho animal?
a firmação do pulso! O discurso radical!
o troco em moeda... a lição da queda
Pronde foi... nosso humor e moral?
Pronde vai? todo nosso desalento
toda brisa vem de um vendaval
pronde vai a reza cortada por sono
ela vale? Me fale... me de um sinal!

São longuinho
Me fale me de um sinal!


Pra onde foi?
O canhoto, benjamim de tomada
Passaporte, n. de telefone, certidão,
registro com foto, simpleza, prudência, clareza... consideração!
Autenticidade, compaixão, certeza...
a urgência, o acaso e a ocasião,
a postura, o primeiro nome, o amuleto, a muleta,
a raiva, a régua, a borracha, o erro, a rasura, a razão
Carregador de bateria, euforia, a perda, a pendência, o pudor o perdão!
extrato, a ponta, a conta nova, a cola da prova e a extensão,
o estímulo, exemplo, ,a voz dissonante...
A coragem do meu coração!

São Longuinho, São Longuinho
Me fale me dê um sinal!
São Longuinho, São Longuinho
Pra onde foi?
A coragem do meu coração!



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

(...) O quereres

Como começar? Não sei!! Últimamente não ando sabendo muita coisa.
Mas, vamos lá.
Talvez fosse um capricho, deu vontade se saber o gosto que tinha desde a primeira vez. .
Sabe quando você tá andando pela rua e por cima de um muro alto você avista uma manga verde? Então, vc passa muito tempo cobiçando a manga até que ela fique madura. Pois é, depois de algum tempo provei, senti o gosto e vi que ainda estava verde, manga verde só se for com sal. Vai levar um tempo pra que amadureça, não me permito esperar(...)
Vamos ao McDonald's? Amigo secreto me Mc é o que há, comprar lanche pra comer dentro do Cine Marabá no centro também. Nunca tinha ido a um cinema de rua, achei bacana, na verdade pensava que só existia cinema em shopping, tolinha.
Então, adoro o centro de SP, é esquisito, mas um esquisito bonito. Dá um jeito nos mendigos e nos índios tocadores de flauta da Praça da República e fica tudo certo, ainda tenho raiva do mendigo que derrubou meu sorvete(...)
 Vamos pra Morato? Far, far, away? Xurupitas farm? Chame do que quiser, é uma mistura de tudo isso, ia, ia, ooooo.(...)
Boa tarde senhor, fulano, beltrano. O Sr. conhece o Oi Paggo? Conheço, e não quero!!! É, eu também não quero mais... Aviso prévio(...)
Difícil lidar com gente né? Pessoas com gostos e personalidades diferentes: Aquela que conheceu um carinha ontem e hoje já tá manado. Porra, já tá amando? O pior é amar e dizer que odeia com a mesma facilidade. O fã de musica pop, que pode ser seu melhor amigo. A funkeira, barraqueira que perde a linha quando bebe. A que curte de tudo um pouco, mas ama sertenejo. A chorona. A individualista, que quer tudo feito do seu jeito, e que quando não é assim fecha a cara. O menino-homem, aquele que quando necessário sabe se comportar como homem, mas na maioria das vezes age como menino. Personagens do meu livro de memórias, haja psicologia e paciência pra com essa gente.(...)
Vinho barato na praça, Paris, o bar do Paulo, meu aviso prévio acabou e meu extrato bancário teima em chamar o bar do Paulo de Crispiniano Café. Quer dizer.(...)
Fui questionada sobre porque sair? O que eu quero? Sinceramente, não sei o que eu quero. Sumir seria uma boa opção. Alguém me interne no paraíso? Preciso urgente dar um tempo por lá.
Mas, como diz a canção do Lulu: Não é que eu queira mal, apenas não quero mais.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

God Bless

Tem gente que passa pela vida e nem sabe por que passou. 
Não seja assim. 
Faça com que sua trajetória seja uma experiência mágica para todos ao seu redor. 
Isso não tem nada a ver com sucesso, fama ou dinheiro.
 Tem a ver com quem você é. 

Desejos de um Novo Ano =)



terça-feira, 4 de janeiro de 2011