domingo, 1 de dezembro de 2013

Acordei e era dezembro




Mais uma vez, dezembro.
E as promessas não cumpridas?
Os quilos não perdidos?
O emprego novo que não veio?

Tenho uma parcela de culpa em tudo isso. 
Uma grande parcela. Não me abstenho da culpa.
Aos vinte e poucos a gente acha que tem todo o tempo do mundo.
Não deu? Não esquenta, ainda dá tempo.

Daqui uma hora. Amanhã. Semana que vem. Mês que vem.
O tempo é hoje. Agora.
A gente passa o dia querendo que ele acabe.
Passa a semana toda querendo que ela chegue logo ao final.
Passa o final de semana querendo que ele passe devagar.

Vê o quanto tudo isso é contraditório?
Querer que uma semana, às vezes, um mês passe devagar.
E não acreditar que doze meses passaram voando.
De repente, não mais que de repente estamos em dezembro.

E mais uma vez eu vivi um ano errante, mas buscando acertar.
Apostando nas escolhas que fiz, mesmo que me arrependesse delas 30 minutos depois.
Daqui trinta dias o calendário vira. O ano muda.
E não duvide. Num piscar de olhos pode ser dezembro novamente.
Pisque.





terça-feira, 1 de outubro de 2013

MTV Brasil: Anos de memória musical



Sabe a sensação de ter uma babá pela vida toda, então você vira adolescente e tem que deixar ela ir embora pra cuidar de outra criança? Não? Bem, eu também não. Ms acho que é mais ou menos isso que significa o fim da MTV Brasil.

A MTV Brasil nasceu em 1990. E eu? Ah, não importa. Mas eu conheci a MTV lá pelos anos 2000, era o auge das boy bands, a Britney era virgem, a Sandy ainda era a irmã do Júnior e não a mulher do Lucas Lima, a Beyoncé fazia parte de uma girl band, Christina Aguilera já tinha aquele vozeirão, mas não vivia o efeito sanfona e a MTV Brasil ainda tocava muuuuuita música brasileira. Enfim, eram outros tempos, era tudo lindo e eu estava saindo da infância e entrando na adolescência.

Eu amava passar a tarde assistindo MTV e gravando clipes no vídeo cassete (foram inúmeras fitas, mas tenho certeza qe havia clipes repetidos), eu votava no Disk, tinha os meu VJ's favoritos e sonhava em cursar comunicação pra ser VJ da MTV. Duvido alguém que tenha nascido entre 85 e 92 tenha assistido muita MTV e nunca tenha pensado em ser VJ. É meio como o sonho de ser paquita da Xuxa. Não fui paquita e não fui VJ.

E ontem, depois de quase 23 anos no ar a MTV Brasil apagou as suas luzes. A MTV abriu com Marina Lima, que lá em 1990 era só Marina, cantando Garota de Ipanema, clipe anunciado pela Astrid Fontenelle e fechou com o clipe do Chico Science e Nação Zumbi apresentado pela Cuca Lazarotto, depois a Astrid veio pra fechar. E então a tela da minha tv ficou preta, e foi triste, a MTV sempre foi um canal alegre, que sempre recebeu tão bem o que parecia 'esquisito'. Mas muita ente boa saiu de lá, a rede globo que o diga.

Há anos eu já não era mais telespectadora assídua, a MTV que eu amei já não era mais a mesma, a música já não era mais a mesma, mas agradeço a MTV Brasil por ter formado o meu gosto musical de certa forma, me lembro de ver pela primeira vez um clipe do Lenine e pensar "Caralho esse cara é foda", sou fã do Lenine até hoje. Descobri muito cantor(a) nacional e internacional, gente que eu ouvia por influência do canal e não por influência dos amigos. Los Hermanos, Cassia Eller, Nando Reis, O Rappa, Lenine, Alicia Keys, Joss Stone, pra ver os clipes dessa galera toda eu tinha que esperar passar na MTV e gravar na minha fita VHS pra assistir de novo quando tivesse vontade, eu não tinha internet em casa pra ficar entrando no youtube quando quisesse.

A MTV Brasil era inovadora, botava mesmo o dedo na ferida, foi a primeira emissora de tv brasileira e transmitir um beijo gay, falava de sexo sem parecer tabu, errava na cara do telespectador, os VJ's falavam palavrão no ar e era normal, afinal, era uma emissora jovem, feita pra jovem. E talvez fosse a única para qual um artista realmente abria a casa sem pudores. Ah, que saudades do Família MTV com a Pitty. Não tinha preconceito musical, basta olhar no histórico dos Acústico e Ao Vivo MTV já lançados.

Dizem que vem aí uma Nova MTV, sem o Brasil do lado, mas não faço questão de conhecer essa. Se a MTV Brasil, já não era mais a minha cara há anos, imagina essa nova. A MTV Brasil foi tão foda que todo mundo veio se despedir, VJ's que eu nem lembrava que existiam e VJ's que eu vou amar pra sempre. A última transmissão Ao Vivo teve show de um monte de gente e aquela cara de festa de final de ano da firma. Vou sentir falta das vinhetas non-sense e dos vídeos de comemoração de aniversário do canal. Valeu, MTV Brasil, foi bom enquanto durou, foi do caralho. Adeus.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Contramão



Eu sou uma pessoa que sempre fui muito na minha, na infância falava pouco até com as pessoas da minha família. Me lembro de chegar na casa do meu vô quando pequena e não querer falar com ninguém. "Essa menina é um bicho do mato" eu ouvia as minhas tias dizerem. A verdade é que eu sempre fui reclusa, na minha. Meu tempo, meu mundo, sempre no sentido contrário.

Na transição entre a infância e a adolescência as minhas melhores companhias eram as revistas, fossem aquelas astrológicas ou a Capricho (antigamente a revista prestava, vai?). Gostava de Malhação e do Disk MTV. Eu tinha uma melhor amiga por vez, no ensino fundamental era uma, no médio era outra, mas nenhuma delas sabiam muito sobre mim, nunca confiei em ninguém a ponto de contar tudo. Os meus namoricos e paixões platônicas nunca foram muito debatidos com as minhas amigas. Sempre me surpreendi com pessoas que conseguem se abrir, com quem conhece, não conhecem, ou conhecem pouco e, de um tempos pra cá, acabei me tornando uma dessas pessoas. Mas me dei conta que conto sobre a minha vida para pessoas que eu sei que não farão parte dela por muito tempo, às vezes, você tem certa empatia com alguém, mas aquele alguém, não permanece na sua vida, seja por falta de tempo, interesse ou questões geográficas.

E por falar de gente que vem, vai, e às vezes volta, me dei conta do porque comecei a escrever esse texto. Uma amiga do tempo do colégio, e por coincidência do destino, faculdade, casou meses atrás. Já tive amigas de adolescência que tiveram filhos, que noivaram, que foram morar junto com o namorado e depois acabaram voltando pra casa dos pais, mas nunca nenhuma delas havia casado de fato, com padre, igreja, festa e um vestido rodado. Mas agora aconteceu. E aí a gente já começa a pensar na vida, né? Esse é o ciclo natural das coisas? Parece que sim. E as pessoas em volta parecem cobrar que isso não demore a acontecer com você também. Depois do casamento dessa minha amiga minha mãe já começou a falar do meu (nem namorado eu tenho, nem pretendente, nada), mas ela falava sobre o moço trocando trombeta no corredor da igreja antes da entrada da noiva, sobre como ela queria que no meu casamento fosse assim, afinal, eu sou a única filha dela e talvez ela e meu pai tenham que fazer uma poupança pro meu casamento. O assunto por fim morreu.

Só que, depois dos vinte, o casamento é um assunto Highlander, é imortal, é tipo o Jason, cê acha que morreu e ele tá lá 'vivão' só esperando um vacilo seu. E esses dias, uma prima anunciou que vai noivar, já tenho uma prima casada e tals, só que essa está numa faixa de idade mais próxima à minha, ela é mais nova, na verdade. E a primeira coisa que eu ouvi foi "Você tá ficando pra trás". Quem disse isso? Minha mãe, claro. E eu com toda a minha delicadeza respondi: "Deixe elas passarem". Casamento não é algo que eu esteja interessada, mas é algo implícito, imposto, principalmente às mulheres. Homem pode ficar solteiro até os 40, mas mulher não. É ficar pra titia, é encalhada, é feio. Mulher tem que namorar, de preferência com poucos (porque se namoradeira é ruim), casar, ter filhos. Você pode ser profissionalmente realizada e/ou estar bem consigo mesma, mas sempre vai surgir alguém pra perguntar "E os namorado?", ainda mais quando você é a única solteira. Ser mãe solteira, sussa, viúva de marido vivo, sussa. Mas não namorar é complicado.

Sabe, sociedade, que preguiZzzZZzz. Até agora não consegui me realizar profissionalmente, o que menos me preocupa nesse momento e estar dentro dos padrões impostos pela sociedade. Prefiro estar na contramão. Me deixa andar na contramão.




sexta-feira, 17 de maio de 2013

Para quem me odeia





"Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim.

Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado.
Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.
Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço.
Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.
E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos.
Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível.
Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco.
Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando.
Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.
Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor.
E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas:
Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.
Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.
Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.
Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.
Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna."


Fernanda Young

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Home de Ferro 3 - Impressões


Depois de um ano ou quase de expectativa. Sim, um ano, esperava por esse filme desde que a Gwyneth postou no twitter uma foto dela se preparando pra encarnar Pepper Potts pela quarta vez, isso foi em junho ou julho do ano passado, desde então eu contava os dias para a estreia desse filme. Então surgiram as primeiras fotos oficiais, o primeiro trailer e eu vim aqui pra falar sobre os atores principais e as minhas expectativasHomem de Ferro 3 agora é fato consumado, muitos dizem que encerra a trilogia, muitos especulam sobre um quarto filme, muita gente diz muita coisa, bem, eu também tenho coisas a dizer...

Eu amei o filme, amei mesmo, mas acho que a direção não devia ter mudado, já que terceiro filme parece fechar um ciclo. Nós vimos o homem de ferro nascer pelas mãos de Jon Favreu, nada mais justo que ele continuasse na direção. Não questionando a direção, mas vimos muitas coisas de uma forma muito rápida, e fica difícil assimilar tudo tendo visto o filme apenas uma vez, talvez quando eu assistir novamente minha opinião quanto a direção mude. E eu ainda continuo tendo o primeiro filme como o meu favorito, mesmo que sempre tenha esperado a consolidação do romance entre Tony e Pepper, que só se confirmou no último filme.

Uma coisa que eu não posso reclamar é a evolução do Tony. Quem diria, Tony Stark assumindo uma relação? Tony Stark com medo de perder, e não é perder dinheiro ou status, é perder alguém, medo de perder a Pepper. Pepper que no primeiro filme prova para o Tony que ele tem um coração, e foi uma delícia acompanhar a evolução dos sentimentos do Tony em relação a ela em todos os filmes, até chegar nesse último onde ele tenta agradá-la ao comprar um coelho gigante.Uma verdade é que Pepper humanizou o Tony, e nesse filme ela teve muito mais espaço a personagem cresceu, e isso é incrível, sempre achei a Gwyneth Paltrow mal aproveitada nos filmes anteriores, e depois de um pedido do Robert Downey Jr a Pepper apareceu, e foi o elemento surpresa desse último filme. Como não morrer de amor por Pepper Potts depois de 2h e10min de filme? Na verdade, eu morro de amor pela Pepper desde a primeira cena dela no primeiro filme, em que ela mandar a jornalista embora da mansão de uma maneira não tão sutil.

Depois de Tony Stark revelar ser o Homem de Ferro, talvez esse seja o filme em que mais Tony Stark é Tony Stark, mas não daquela forma prepotente em que nos foi apresentado no primeiro filme, é um Tony frágil, vulnerável, que vivenciou coisas e sofre ataques de pânico ao ouvir falar em Nova York, por isso evita falar sobre assunto. Um Tony com um ego menor, que se intitula como um simples 'mecânico' e não mais como 'gênio, bilionário e filantropo', que se relaciona melhor com desconhecidos mesmo que seja um garoto de 10 anos, que 'rejeita' uma garota bonita que bate a sua porta por estar num relacionamento sério. Enfim, um Tony que ama alguém além dele mesmo.

Uma coisa que me decepcionou muito foi o vilão, uma puta sacada ou uma trollagem master, fato é que quando eu vi os trailers e vi o poster do Mandarim e pensei: Taí um vilão que eu vou amar. Porque eu amo um vilão bem feito, daquele s que em determinado ponto da história a gente passa a torcer pra ele e não mais para o mocinho, mas não é o que aconteceu em Homem de Ferro 3. Háááá, pegadinha do Malandro.

Eu vi esse filme como um encerramento, por isso o espaço para quem  não mostrou o seu potencial antes, por isso nos créditos foram mostradas cenas dos dois primeiros filmes, por isso a cena pós créditos não nos dá pistas de nenhuma nova produção da Marvel, por isso Tony se desfaz das armaduras e diz que começara uma nova vida, mas ninguém poderá tirar dele que ele é o homem de ferro, aliás, essa última fala, já me parece um recado do Robert Downey Jr, ele é o homem de ferro pra mim e tantas outras fãs e ninguém nos tira isso. No entanto, chega a hora de abrir mão das coisas, dos personagens, Robert mais do que ninguém sabe disso. Ao fim dos créditos há a frase Tony Stark irá voltar, mas acho que seja uma referência à sequência de Os Vingadores. 

Eu, sinceramente, não acredito num 4º filme solo do homem de ferro, não creio que seja viável, não com o Robert, pelo menos, e caso haja um reboot como fazem com tantos outros filmes de heróis, acho que a Marvel deveria esperar no mínimo uns 5 anos para fazê-lo. Tobey Maguire não era Peter Park, nos anos 90 vários atores encarnaram Bruce Wayne nos cinemas, três atores diferentes foram o Hulk, não faço ideia de quem deu vida ao Super Man depois do Christopher Reeve, até porque não era a minha época. No entanto, Robert Downey Jr é Tony Stark, na essência, e em sua melhor forma.



*Caso eu assista ao filme novamente pode rolar um update, ou não.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Somos medíocres




Há um tempão não aparecia por aqui. Não por falta do que dizer, mas por preguiça mesmo. É tanta rede social pra ~administrar~, é a vida que tá aí pra gente ~viver~ e o blogue foi ficando de lado. Sad.

Só que hoje deu vontade de desabafar, sabe?
Estava eu no twitter, meu vício, e leio o seguinte tuíte "Gente que a única coisa que sabe falar é sobre vida de ~celebridades~". 
Porra, agora vão querer definir o que você pode falar ou não no seu perfil de rede social. Tá foda a vida, acho que quando você passa a se preocupar com o que o outro diz mesmo não sendo direcionado a você, é porque a sua vida não é lá essas coias também, né? Mas daí veio o complemento "Você vê uma coisa ou outra, dá risada, aí beleza, mas viver em função disso é medíocre demais."
Quero dizer uma coisa, fofa, você é medíocre, eu sou medíocre, todo mundo é medíocre. É medíocre quem só fala de celebridade, e é medíocre quem se importa com ~gente~ que só fala sobre isso.
E eu, no meu twitter falo mesmo sobre celebridades, as que eu amo e as que eu odeio, comento novela, mas falo sobre a minha vida também, no entanto,  falo menos, porque, quem quer realmente me conhecer, realmente falar comigo não fará isso pelo meu perfil do twitter ou facebook. 
Já pensou se formos julgar as pessoas pelo que elas postam nas redes sociais? 
Reclamo sim do trânsito quando demoro pra chegar em casa, do preço do tomate, de política, da mania que a imprensa tem de fazer circo com as tragédias do país. Reclamo de uma porção de coisas, mas não dá pra ser só isso.
A vida às vezes já dá no saco e eu vou estender todos os meus lamentos para as redes sociais? Nem vou. Continuarei falando sobre o que me der na telha, não gosta, desfaça a ~amizade~ e me dê unfollow.

E esses dias eu ando insuportável mesmo, faltam 2 dias pra estreia de IM3 e eu só falo disso, e das ~celebridades~ relacionadas. 

But, I don't care what you think of me.


Beijos ;)