quarta-feira, 23 de maio de 2012

Everybody Lies <--------> Everybody Dies


Acabou...
A única série que eu realmente acompanhei, acabou.
Sou viciada em série, acho que sempre fui, eu chegava da escola e assistia "Blosson", assisti as diversas reprises de "Um maluco no pedaço" e "Eu, a patroa, e as crianças", na adolescência descobri , "F.R.I.E.N.D.S", "Gilmore Girls" e "Supernatural", mas de todas essas eu nem vi o final, ou fui ver depois de anos do fim, menos "Supernatual" que ainda é produzida e de uns anos pra cá eu voltei a acompanhar.

Mas esse post é pra falar do cara mais ranzinza e mais genial que uma séria já mostrou, Dr. House (Hugh Laurie), Gregory House, comecei a assistir na tv aberta, foram várias reprises, às quintas-feiras eu ainda assisto, até que eu comecei a assistir online, e depois passei a baixar os episódios, a série era transmitida as segundas-feiras nos EUA e na terça já estava disponível em alguns sites por aqui.
É sensacional, house é o Sherlock Holmes das doenças, apesar do seus vício em analgésicos ele sempre foi brilhante. Gostava de todos os personagens, mas os meus favoritos eram o trio, House, Wilson (Robert Sean Leonard) e Cuddy (Lisa Edelstein), uma complexo triângulo amoroso. Wilson era o melhor amigo de House, Cuddy era sua chefe e sempre teve uma queda pelo médico.
Foram várias temporadas esperando pela relação amorosa entre House e Cuddy, até que na 7ª temporada aconteceu, o começo da relação foi lindo, o meio conturbado e o fim um pouco trágico, a personagem saiu da trama, devido a divergências entre a atriz e a produção da série, daí por diante, ao meu ver, a série foi decaindo.
Não havia mais nenhuma personagem feminina que se destacasse, a Dra.Cameron (Jennifer Morrison), havia deixado a equipe  na 6ª temporada, a Dr. Treze (Olivia Wild)  saiu logo no início da 8ª, e as novas personagens da trama não eram interessantes.
Da formação original restavam Foreman (Omar Epps), que sempre quis ser o Dr. House, mas com a saída da Dra. Cuddy, toma o seu lugar como diretor do hospital. Chase (Jesse Spencer), era galã, o pegador da história, perdi a conta de quantas pacientes se apaixonaram pelo Dr. Chase, e com quantas mulheres ele se relacionou nos 8 anos da série.
House era complexo, viciado, dormia com prostitutas, casou uma delas para conceder o "green card" à moça, por fim acabou se apaixonando por ela, mas não durou. Das relações de House a única duradoura foi com Wilson, uma relação de amizade, complicada até o último capítulo, mas verdadeira.
A série começa afirmando que todo mundo mente, fato, e terminou dizendo que todo mundo morre. Wilson foi diagnosticado com câncer. Irônico um oncologista morrer de câncer, não? Dr. House mentiu e manipulou por 8 temporadas, por fim forjou a própria morte para poder estar ao lado de seu melhor amigo nos seus últimos meses de vida, sua morte foi uma farsa, mas o motivo foi nobre. Todos sempre duvidaram da capacidade de House amar, ele era egocêntrico, mas mesmo assim, amou Cuddy e amava Wilson.
Everybody lies, everybody dies, Dr. House não morreu, apenas mentiu, a série acabou e vai deixar saudade.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Viva Elis: Vi e vivi


"Não quero lhe falar meu grande amor, das coisas que aprendi nos disco, quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo"
Pois bem, aconteceu. No último sábado (05/05) aconteceu o tão esperado show da Turnê Viva Elis em solo paulista, após a especulação de uma data (17/03 aniversário de Elis), a confirmação e o cancelamento de outra (22/04), o show aconteceu, em maio, mês do meu aniversário, não teria presente melhor =).
Sempre gostei da Elis, sempre tive curiosidade de conhecer a sua música, a sua história, antes mesmo de começar a ouvir Maria Rita, afinal se dependesse apenas do meu pai meu nome seria Elis Regina, minha mãe é que não deixou, e quis o destino que eu me encantasse pelo trabalho da única menina de Elis.
Você diz que depois dele não pareceu mais ninguém, talvez não aparecesse mais ninguém depois de Elis, mas veio Maria Rita, é outra história, a parada é genética, e o talento da moça é inegável.
A galera antiga, que viu e viveu Elis, compara, diz que MR é igual à mãe, na voz e nos gestos, no pouco do muito que conheço de Elis, discordo, é cada uma na sua. Podem existir semelhanças, mas qual é a filha que não lembra a mãe em uma coisa ou outra? Eu pareço com a minha.
Nossos ídolos ainda são os mesmos, Maria relutou em cantar o repertório da mãe, mas nós fãs de Maria ou Elis, sempre esperamos que isso um dia acontecesse, e as canções daquela época ainda são tão atuais, em 2012 fez-se 30 anos da morte de Elis, surgiu a oportunidade de homenageá-la, e não poderia ser mais linda a homenagem.
Fez frio a semana toda que antecedeu ao show, o tempo se manteve fechado, mas no sábado o céu abriu e o sol saiu pra ver Maria cantar. Eram aproximadamente 120 mil pessoas, gente jovem reunida, gente de todas as idades, e no palco a cantora com os cabelos ao vento, ventava, parecia que iria chover, mas a chuva não veio, não quis estragar a festa.
O repertório escolhido a dedo pela cantora fez um lindo passeio pela carreira de sua mãe, eu sempre vou dizer que faltou "Rebento", que das canções de Elis é a minha favorita, mas foi mágico.  Na escolha das músicas Maria mostrou que Elis era forte, engajada socialmente e acima de tudo mulher.
O Viva Elis é um show único, incrível, eu vi, vivi, ouvi esse espetáculo, Maria estava entregue às canções, saí daquele parque com a alma lavada, como música me faz bem, como essa moça me faz bem. Certeza que nunca mais na vida verei outro show com tamanha emoção,    por anos sonhei com esse dia, viver foi melhor que sonhar.